Mais de 13.500 civis ucranianos retornam ao país vindos da Rússia através de corredor humanitário na região fronteiriça de Sumy, anuncia governo de Kiev.

Mais de 13.500 civis ucranianos retornaram ao seu país após terem deixado a Rússia desde julho, graças a um corredor humanitário implementado na região fronteiriça de Sumy, no nordeste da Ucrânia, de acordo com um anúncio feito pelo governo de Kiev nesta sexta-feira (24).

O Ministério da Reintegração Ucraniana revelou que o corredor, que foi retomado em julho de 2023, permitiu a partida de mais de 13.500 ucranianos do território russo. Entre esses repatriados, estão incluídos 1.653 menores, segundo as autoridades ucranianas.

A maioria dos civis residentes nas cidades e aldeias ucranianas conquistadas pela Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022 fugiram para outras regiões do país ou para o exterior, mas milhares de pessoas encontraram refúgio em uma parte diferente do próprio país. Estima-se que haja mais de um milhão de refugiados ucranianos na Rússia, de acordo com a ONU.

O governo ucraniano acusou a Rússia de organizar a “deportação” de quase 20 mil menores ucranianos para o seu território, o que levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra. A Rússia negou essas acusações e afirmou que sua intenção era proteger os menores dos combates.

Esse movimento de repatriação em massa ocorre em um momento em que a Ucrânia busca lidar com os deslocados internamente e refugiados que fugiram do conflito com a Rússia. Apesar dos passos dados pelo governo para facilitar a volta dos cidadãos ucranianos, há ainda inúmeros desafios logísticos, econômicos e de reinserção na sociedade que precisam ser enfrentados.

Por isso, cada um dos repatriados tem uma história única e enfrenta desafios distintos ao retornar para o seu país. O governo ucraniano segue empenhado em oferecer apoio e amparo a esses cidadãos para que possam recomeçar suas vidas e superar as dificuldades decorrentes do conflito. A esperança é que o corredor humanitário permaneça aberto e eficiente para todos os ucranianos que desejam retornar ao seu país em busca de um recomeço seguro e digno.

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