Plano quinquenal da Petrobras prevê criação de 1,4 milhão de empregos e investimento de US$102 bilhões

O plano estratégico de investimentos da Petrobras para os próximos cinco anos sinaliza uma promessa de geração de empregos, investimentos e expansão em diversas áreas de atuação da estatal. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou que o plano para os anos de 2024 a 2028 prevê a criação de 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos, o que representa uma média de 280 mil novos postos de trabalho a cada ano. Grande parte destes empregos será voltada para áreas de exploração e produção de petróleo.

Em uma reunião com jornalistas no Rio de Janeiro, Prates detalhou as diretrizes do novo plano aprovado pelo conselho de administração da Petrobras. Segundo ele, o conjunto de investimentos apresenta um crescimento de 31% em relação ao período anterior, válido para os anos de 2023 a 2027, aprovado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da estatal ressaltou a importância de um plano voltado para o futuro da empresa, em contrapartida a abordagens anteriores que ele descreveu como focadas apenas na atividade do pré-sal. Prates destacou que a Petrobras agora está visando a exploração de novas áreas, reposição de reservas, continuidade das atividades de petróleo e gás, além de investimentos em energias renováveis e produtos mais sustentáveis.

O plano de investimentos da Petrobras é da ordem de US$ 102 bilhões, equivalente a R$ 500 milhões, e prevê a retomada de investimentos em refinarias, com meta de transformá-las em parques industriais. Além disso, a estatal planeja retomar a produção de fertilizantes e busca parcerias para manter em operação fábricas arrendadas para outras empresas.

Dentro dos US$ 102 bilhões previstos no plano estratégico, US$ 7,5 bilhões estão destinados para a exploração de novos poços de petróleo no Brasil e no exterior. A expectativa é de investir US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, área marítima que se estende por mais de 2,2 quilômetros a partir da costa, desde o Amapá até o Rio Grande do Norte.

Ainda em relação aos investimentos em poços de petróleo, a Petrobras aguarda a autorização do Ibama para atingir áreas muito promissoras na Margem Equatorial. Prates demonstrou otimismo em relação às atividades que podem ser desenvolvidas nessa fronteira petrolífera.

Por fim, Prates foi questionado sobre a situação da Argentina, onde o presidente eleito anunciou a intenção de vender a petroleira estatal YPF. Ele ressaltou que a situação ainda está indefinida e que a Petrobras não tem nenhuma análise em curso para aquisição ou investimento na Argentina, apesar de analisarem todas as oportunidades que surgirem. Dessa forma, ele informou que a empresa não deve se precipitar em relação a possíveis decisões futuras relacionadas ao mercado argentino.

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