Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic, correspondendo a 62,8% do total. O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da taxa Selic. Desde março de 2021, o Banco Central começou a elevar a Selic, saindo de 2% ao ano, o menor nível da história, para 13,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 12,25%, após o início do ciclo de redução em agosto deste ano. Mesmo com a expectativa de queda dos juros básicos neste semestre, os investidores continuam a comprar esses títulos.
Os papéis vinculados à inflação (IPCA) tiveram participação de 26,1% nas vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, representaram 11,1%. O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 125 bilhões no fim de outubro, um aumento de 1,3% em comparação com o mês anterior e de 23,4% em relação a outubro do ano passado.
Em relação ao número de investidores, 360.887 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O número de investidores atingiu 26.161.352, um aumento de 21,3% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos chegou a 2.427.088, com um aumento de 15,4% em 12 meses. A procura do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo grande número de vendas até R$ 5 mil, que corresponderam a 84,3% do total de 582.581 operações ocorridas em outubro.
Os investidores têm preferido papéis de médio prazo, com as vendas de títulos com prazo de um a cinco anos representando 32,4% e aquelas com prazo de cinco a dez anos, 49,7% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo chegaram a 17,9% das vendas. O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional – pela internet – sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.