O Quênia, Somália e Etiópia estão enfrentando inundações após saírem de uma das piores secas das últimas quatro décadas. O presidente Ruto anunciou que o gabinete realizará uma reunião de emergência na próxima segunda-feira para discutir a gestão da crise.
“Infelizmente, perdemos 70 pessoas em todo o Quênia devido a estas chuvas e cerca de 36.160 famílias foram deslocadas até agora”, explicou o presidente, ressaltando a gravidade da situação.
Ruto alertou que o Departamento Meteorológico prevê mais chuvas, o que aumentará o risco de novas inundações. Ele destacou a necessidade de preparação para uma possível situação de emergência.
Além disso, o presidente informou que muitas estradas, especialmente no norte do país, foram destruídas pelas inundações, o que impediu a passagem de caminhões que transportavam alimentos, medicamentos e combustível. O exército foi chamado para transportar suprimentos por via aérea para comunidades isoladas.
Essa tragédia ocorre após a declaração, no mês passado, do presidente de que o país do leste da África não sofreria chuvas do El Niño, apenas chuvas fortes que “não seriam destrutivas”. As declarações anteriores do presidente foram amplamente criticadas.
Diante do cenário de desastre e do grande número de vítimas e deslocados, a situação de emergência demandará uma resposta rápida e eficaz das autoridades locais e internacionais, além de uma mobilização de recursos para prestar assistência às comunidades afetadas.
O desastre que se abate sobre o Quênia é mais um exemplo dos impactos extremos das mudanças climáticas, que têm gerado uma série de eventos climáticos extremos em todo o mundo. A necessidade de ações efetivas para enfrentar esses desafios torna-se cada vez mais urgente, uma vez que milhões de pessoas estão sujeitas a sofrer as consequências desses eventos devastadores.
