Milhares de Mulheres Protestam em Todo o Mundo Exigindo Medidas Contra a Violência de Gênero

Dezenas de milhares de pessoas protestaram neste sábado em todo o mundo no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, exigindo mudanças no comportamento dos homens e mais recursos e eficiência por parte dos Estados.

Na capital do Chile, um dos bastiões mundiais do movimento feminista, o lema “Cuidado, o machismo mata” estava presente em muitos cartazes, demonstrando a revolta dos manifestantes em relação à violência de gênero. Em Santiago, cerca de mil mulheres marcharam pelas ruas exigindo medidas do governo, após 40 feminicídios terem sido registrados no Chile desde o início do ano, segundo a rede chilena contra a violência às mulheres, uma das organizadoras do protesto.

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No Brasil, a famosa praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, amanheceu no sábado com pares de sapatos femininos em frente a nomes femininos, para alertar sobre os 722 feminicídios registrados em 2022. Esse dado representa a maior quantidade de feminicídios no país desde 2019, segundo a ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Na Espanha, cerca de 7.000 pessoas se manifestaram em Madrid sob uma faixa que dizia: “Chega: nossa luta é global”. Além disso, houve concentrações em Barcelona e Sevilha, num país pioneiro na luta contra a violência contra mulheres. Na França, mensagens como “Protejam suas filhas, eduquem seus filhos” e “Ceder não é consentir” estavam estampadas em cartazes de manifestantes em várias cidades.

Joinofundos também ocorreram em Roma e Milão, na Itália. O país registrou 106 feminicídios no ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (Istat). Também houve manifestações na Bulgária, onde aconteceram protestos, e na Turquia, onde cerca de 500 mulheres se concentraram no bairro de Sisli, entoando slogans contra a violência do Estado masculino.

Já nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden lamentou a continuidade do flagelo da violência sexista que “causa sofrimento e injustiça a muitas pessoas”. Além disso, o papa Francisco, do Vaticano, destacou que a violência contra as mulheres deve ser cortada pela raiz por meio de uma ação educacional que coloca a pessoa e sua dignidade no centro das preocupações.

Em todo o mundo, a cada dia acontecem 82 feminicídios cometidos por parceiros ou ex-parceiros, segundo dados da OMS de 2018. Além disso, estima-se que 31% das mulheres foram vítimas de violência física ou sexual ao menos uma vez na vida, de acordo com um relatório da ONU Mulheres publicado em 2022.

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher é celebrado em 25 de novembro para lembrar o assassinato de três irmãs Mirabal, opositoras do ditador Rafael Trujillo, em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana.

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