De acordo com o órgão, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, a arrecadação totalizou R$ 1,9 trilhão, o que representa uma queda real de 0,68% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, a arrecadação das receitas administradas pela Receita Federal chegou a R$ 195,58 bilhões em outubro, com um aumento real de 0,71%.
A Receita Federal apontou que as variações na legislação tributária e os pagamentos atípicos, especialmente do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), influenciaram nos resultados. A arrecadação do IRPJ e da CSLL atingiu R$ 52,49 bilhões em outubro, com uma redução real de 7,06% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Além disso, houve desonerações tributárias, como a redução das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis, que resultou em uma desoneração de R$ 1,46 bilhão. Por outro lado, o recolhimento extra do imposto de exportação sobre combustíveis contribuiu para a melhora na arrecadação.
A Receita Previdenciária teve aumento real de 3,28% em outubro, atingindo R$ 48,70 bilhões, justificado pelo crescimento real de 1,72% da massa salarial. Já o PIS/Pasep e a Cofins apresentaram uma arrecadação de R$ 37,46 bilhões, com aumento real de 8,2%.
A Receita Federal também divulgou os principais indicadores macroeconômicos que explicam o desempenho da arrecadação, incluindo a venda de serviços, a massa salarial, a venda de bens, a produção industrial e o valor em dólar das importações. Em linhas gerais, os resultados indicam um cenário de recuperação da arrecadação, com variações positivas em alguns setores da economia.
Portanto, os dados divulgados pela Receita Federal revelam um cenário complexo e dinâmico, com influência de diversos fatores na arrecadação da União. A recuperação de alguns setores da economia e os efeitos de medidas tributárias impactaram diretamente nos resultados, mostrando a importância de uma análise detalhada para compreender os movimentos da arrecadação federal.
