Durante a reunião, as convidadas enfatizaram que a prescrição indiscriminada de medicamentos para o TDAH e outras doenças neurológicas pode desencadear o surgimento de outras doenças e afetar a disponibilidade dos remédios nas farmácias. Além disso, a professora da Unicamp Maria Aparecida Moysés alertou para o aumento de diagnósticos imprecisos, contribuindo para a multiplicação do uso desses medicamentos.
O senador Eduardo Girão ressaltou a importância do debate e a necessidade de encontrar soluções para o problema. “É fundamental discutir e conscientizar a sociedade sobre os riscos da prescrição indiscriminada de medicamentos, especialmente em crianças e adolescentes. Precisamos garantir que o uso dessas substâncias seja feito de forma responsável e consciente, levando em consideração o bem-estar e a saúde dos pacientes”, afirmou o senador.
A discussão levantou questões sobre a necessidade de medidas mais rigorosas para regulamentar a prescrição e o uso de medicamentos para o tratamento do TDAH e outras doenças neurológicas em crianças e adolescentes. Os participantes ressaltaram a importância de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de diversas áreas, como psicologia, pediatria, neurologia e psiquiatria, para garantir diagnósticos precisos e um tratamento adequado para os pacientes.
Diante das preocupações levantadas durante o debate, a CAS se comprometeu a estudar o tema mais a fundo e a elaborar propostas para aprimorar a regulamentação e o acompanhamento do uso de medicamentos para o tratamento do TDAH e outras doenças neurológicas em crianças e adolescentes. A expectativa é que novas medidas possam ser implementadas para garantir a segurança e a eficácia do tratamento, protegendo a saúde e o bem-estar dos pacientes.