Além de reduzir o sofrimento dos pacientes, os cuidados paliativos também são importantes no acolhimento de suas famílias, na redução de gastos desnecessários ao Sistema Único de Saúde (SUS) e no auxílio à preparação do país para o acelerado processo de envelhecimento da população.
Durante o debate na sede do instituto, Renata de Freitas, diretora do Hospital do Câncer IV, Unidade de Cuidados Paliativos, destacou a necessidade de uma frente paliativista, que reúna profissionais de saúde e movimentos sociais em todo o país com foco na necessidade de uma política pública urgente. Ela enfatizou que “o sofrimento, seja ele físico, psicológico, social ou espiritual, pode e deve ser abordado e que as ações paliativas generalistas devem ser de responsabilidade de todos os profissionais que cuidam desses pacientes”.
O diretor-geral do Inca, Roberto Gil, ressaltou a importância do trabalho da unidade especializada em cuidados paliativos do instituto, afirmando que é absolutamente necessário para pacientes graves com câncer. Ele destacou que os cuidados paliativos são necessários desde o diagnóstico, mesmo para pacientes que podem eventualmente ser curados.
Além disso, Gil destacou as melhorias recentes feitas no Hospital do Câncer IV, em Vila Isabel, como a reforma e revitalização da Sala do Silêncio, um refúgio de paz e tranquilidade para pacientes e acompanhantes, e a reestruturação da área externa do prédio, que agora oferece um espaço acolhedor para convivência, permitindo que pacientes internados recebam visitas em ambiente agradável e humanizado.
O Dia Nacional de Combate ao Câncer, que tem a finalidade de mobilizar a população quanto aos aspectos educativos e sociais para o controle do câncer desde 1988, foi lembrado pelo Inca em parceria com o Ministério da Saúde. A iniciativa visa ampliar o conhecimento da população brasileira sobre o câncer e, principalmente, em como prevenir a doença.