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Justiça obriga a Compesa a garantir abastecimento em São Caetano e Tacaimbó e a suspender cobranças indevidas

A situação do fornecimento de água nas cidades de São Caetano e Tacaimbó, no estado de Pernambuco, tem sido motivo de preocupação e descontentamento por parte dos moradores. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi alvo de ações civis públicas, nas quais as Varas das duas cidades determinaram que a empresa garanta o abastecimento mínimo regular de acordo com os calendários divulgados, com intervalo máximo de 20 dias sem água em todas as regiões.

As tutelas antecipadas foram concedidas em atendimento parcial aos pedidos das Promotorias de Justiça de São Caetano e Tacaimbó. Nas ações civis públicas, ficou determinado que, nos casos em que não for possível o abastecimento seguindo o calendário oficial, a Compesa forneça água em carros-pipa mediante solicitação dos consumidores, no prazo máximo de cinco dias após o pedido.

A Promotora de Justiça Lorena Santos, titular da Promotoria de Justiça de São Caetano e acumulando a de Tacaimbó, ressaltou que as queixas de irregularidade no fornecimento de água persistem há anos sem que sejam tomadas providências pela empresa. Segundo ela, a Compesa descumpre o calendário de abastecimento divulgado e a quantidade de dias sem água é muito superior à informada à população.

Além disso, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) requereu a suspensão das faturas em caso de desabastecimento, mediante requerimento dos consumidores à empresa, com inversão do ônus da prova. A Promotoria também pediu que a Compesa apresentasse calendários atualizados de fornecimento de água, relatórios mensais sobre a distribuição de água por meio de carros-pipa e planos de melhorias para o abastecimento nas duas cidades.

Para garantir o cumprimento das decisões judiciais, foi fixada multa diária de R$ 5 mil por dia de atraso no cumprimento das decisões judiciais, limitando os efeitos a R$ 100 mil. A irregularidade no abastecimento de água nas cidades não se restringe à falta motivada pela seca, mas também envolvendo a falta de manutenção da infraestrutura hídrica.

A situação tem gerado grande preocupação e impacto na rotina e qualidade de vida dos moradores de São Caetano e Tacaimbó, que esperam que as determinações judiciais e os pedidos do MPPE sejam efetivamente cumpridos pela Compesa.

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