Reforço de segurança: instalações presidenciais receberão 708 novas câmeras e outras mudanças de segurança

As instalações presidenciais, como o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto, passarão por um reforço na segurança com a instalação de 708 novas câmeras até o próximo ano. Atualmente, existem apenas 69 equipamentos para monitorar seis instalações presidenciais.

Esse reforço nas câmeras estava previsto em uma portaria interministerial de 2017, porém sua implementação começou apenas no ano passado. O secretário de Segurança Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Roberto Peixoto, ressaltou que se as câmeras já estivessem instaladas, as condições de averiguação das questões do 8 de janeiro teriam sido melhores.

Além do reforço nas câmeras, está prevista a instalação de vidros blindados no térreo do Palácio do Planalto, a fim de evitar cenas como as ocorridas nos atos antidemocráticos de janeiro, quando os vidros do prédio foram quebrados. No entanto, essa mudança está condicionada à aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) devido à possível alteração na fachada do prédio.

O general Peixoto explicou que a ideia é ter vidros blindados para impedir qualquer ação adversa no Palácio do Planalto. Outra mudança prevista é a instalação de pinos hidráulicos na base da rampa do Palácio do Planalto, a fim de evitar a passagem de veículos.

Além disso, a segurança presidencial também contará com novos mosaicos de telas para melhorar o acompanhamento das imagens das câmeras de segurança e novas guaritas, que serão equipadas com detectores de metal e raio-x na entrada dos prédios.

Atualmente, a segurança presidencial é realizada por um efetivo diário de 310 militares do GSI e do Comando Militar do Planalto, que também atuam em São Paulo, Campinas e Aracaju para fazer a segurança de familiares do presidente.

O Gabinete de Segurança Institucional, que completará 85 anos em breve, passou recentemente por uma reformulação estrutural, com a divisão da Secretaria de Segurança Presidencial em dois departamentos. O intuito foi fortalecer a segurança presidencial e transferir para outra secretaria as atribuições de coordenação de viagens, eventos e cerimonial.

“A sinal de mudança seria conveniente fazer alguma alteração estrutural, de forma que a secretaria ficasse focada exclusivamente em segurança presidencial nos seus dois departamentos”, explicou o ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos.

Outro destaque foi a criação da Secretaria de Segurança da Informação e Cibernética, que antes era um departamento, com o objetivo de melhorar a resposta dos órgãos públicos na área de segurança cibernética e aprimorar a segurança da informação.

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