Uruguai, um dos países mais desenvolvidos da América do Sul, apresentou dados preliminares de seu mais recente censo, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os números indicam que a população do país está estagnada em cerca de 3,4 milhões de habitantes, caracterizando uma pequena alta em relação ao censo de 2011, atribuída principalmente à chegada de aproximadamente 62.000 imigrantes.
Segundo o diretor do INE, Diego Aboal, os imigrantes foram responsáveis por evitar uma diminuição no número de habitantes devido ao aumento dos óbitos pela pandemia de covid-19 e à queda persistente da natalidade nas últimas décadas. Em seu discurso, Aboal ressaltou a necessidade de valorizar cada criança, destacando o envelhecimento da população uruguaia, que agora possui uma idade média de 38 anos.
Além disso, o processo contínuo de urbanização no país tem contribuído para uma diminuição da população que vive no meio rural, que agora representa apenas 4% dos habitantes, em comparação aos 96% de população urbana. O tamanho médio das famílias também sofreu redução, caindo para 2,5 pessoas, o que é atribuído não somente a tendências demográficas, mas também ao desenvolvimento do país.
Um dado surpreendente revelado pelo censo é o aumento da população nascida no exterior, que representa agora 3% do total, superando os números registrados em 2011. A maioria dos imigrantes é proveniente da Venezuela, Argentina e Cuba, refletindo um crescimento multicultural no país.
Os números desse censo histórico, o primeiro a oferecer a opção de preenchimento online, ressaltam a importância da imigração para o crescimento populacional e econômico do Uruguai. Com a estagnação populacional e o envelhecimento da população nativa, a chegada de imigrantes tem se mostrado fundamental para manter o equilíbrio demográfico do país.