Maior turma de médicos formados no Programa Mais Médicos conclui capacitação para atuação em municípios de todo o Brasil.

Nesta semana, cerca de 3,5 mil médicos concluem o curso de capacitação para trabalhar no Programa Mais Médicos. De acordo com o Ministério da Saúde, esta é a maior turma em formação desde o lançamento do programa há 10 anos. Com a retomada da iniciativa, no primeiro semestre, foram 34 mil pedidos de inscrição, o maior número da história. O ministério acredita que, até o fim deste ano, 28 mil profissionais estarão atuando nos municípios. Atualmente, 20 mil estão alocados.

Na terça-feira (28), os médicos que fazem o curso em São Paulo farão uma prova para ingressar no programa. Na segunda-feira (27), os profissionais tiveram uma aula intensiva de preparação para o teste. Eles precisam passar por esse exame que, entre outros assuntos, aborda atenção primária à saúde e o acolhimento dos pacientes.

O curso também foi realizado na Bahia e em Minas Gerais para os médicos que vão trabalhar nas outras regiões do país. Os aprovados terão de 4 a 8 de dezembro para se apresentar nos municípios. Os médicos formados no exterior ou estrangeiros vão receber um registro temporário para atuar enquanto não passam pelo Revalida, exame que valida diplomas de medicina de formados fora do Brasil.

Em São Paulo, 1,3 mil médicos que vão atuar nas regiões Sul e Sudeste fazem o treinamento, com duração de 30 dias. Após aprovação nesse módulo, eles terão a inscrição efetivada.

Felipe Proenço de Oliveira, secretário adjunto de Atenção Primária do Ministério da Saúde, afirmou que o objetivo é ampliar ainda mais o programa, destacando: “No primeiro semestre já foi possível recompor o quantitativo de profissionais que estavam no programa ao longo do tempo. Ele vinha sendo bastante descaracterizado e, agora, nesse segundo semestre, estamos providenciando vagas novas. Vamos chegar a 28 mil médicos alocados até o final deste ano”.

Marina Tomasi Scardua, coordenadora pedagógica do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) – Polo São Paulo, ressaltou a importância do programa ao mencionar a atenção a diversas populações e doenças prevalentes, como hipertensão, diabetes, tuberculose, hanseníase, malária, covid e raiva. Ela também destacou a relevância do atendimento aos setores de população quilombola, ribeirinha, LGBTQIA+ e saúde prisional.

Por sua vez, a médica Gabriela Ferrari Santos, participante do curso em São Paulo, avaliou o programa como uma oportunidade para levar atenção básica a toda população e destacou a importância de colocar o SUS em prática.

No geral, a expectativa é de que mais médicos estejam atuando no Programa Mais Médicos, ampliando o acesso à saúde para a população.

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