Marinho fez essas declarações ao ser questionado sobre os reflexos do veto presidencial ao projeto de lei que prorrogaria benefícios a 17 setores intensivos em mão de obra. Segundo ele, é um “contrassenso” falar em desoneração de setores em um momento em que o Congresso Nacional está trabalhando em uma reforma tributária.
Para Marinho, é preciso buscar soluções que beneficiem o conjunto da economia na reforma tributária e, dentro desse contexto, observar setores que eventualmente necessitem de atenção especial. Ele argumenta que escolher setores com a justificativa de geração de empregos não é eficaz. O que gera empregos, para o ministro, não é salários menores ou incentivos fiscais específicos, mas sim a demanda crescente por produção.
Ele ressaltou que empresas não tomam decisões de contratação ou demissão com base em incentivos pontuais, e que, por exemplo, incentivos para a contratação de jovens podem levar as empresas a trocar trabalhadores motivadas por esse estímulo, gerando apenas substituição de mão de obra e não criação de empregos.
Marinho ainda comparou a atual discussão com os resultados da reforma trabalhista implementada durante o governo Temer, alegando que, ao invés de gerar empregos em massa, a legislação resultou na precarização do trabalho. Segundo ele, é necessário olhar para o conjunto da economia, que precisa crescer de forma saudável, perene e contínua, ao invés de buscar soluções pontuais que não resolverão os problemas estruturais da economia.
Portanto, as declarações do ministro Luiz Marinho colocam em pauta a importância de uma visão sistêmica e de longo prazo para incentivar a geração de empregos e o desenvolvimento econômico no Brasil.