Presidente da Associação de Povo de Terreiros de Gravatá denuncia usuários do Instagram por comentários preconceituosos contra caminhada religiosa

O presidente da Associação de Povo de Terreiros de Gravatá, Jonas Maximos, prestou queixa na delegacia de polícia da cidade, no agreste pernambucano, denunciando usuários do Instagram que fizeram comentários extremamente preconceituosos contra a 2ª Caminhada do Povo de Terreiros de Gravatá, realizada no dia 19 de novembro. A postagem que exibia o movimento religioso nas ruas da cidade foi alvo de comentários preconceituosos, o que causou revolta entre os praticantes da religião de matriz africana.

Em entrevista, Jonas Maximus expressou sua revolta diante desse comportamento intolerante e afirmou que é necessário respeitar a doutrina das diferentes religiões, assim como seus irmãos respeitam outras crenças. Ele citou outros episódios de intolerância religiosa, como o incêndio em objetos de um terreiro em Pombos e a invasão de um terreiro em Gravatá, que exigiu a intervenção policial. O presidente destacou a importância de lutar pelos direitos da comunidade religiosa e denunciar esse tipo de atitude.

Os usuários do Instagram já foram identificados e poderão ser acionados pela polícia, resultando em ação judicial e envolvimento do Ministério Público. A intolerância religiosa é considerada crime pelo Código Penal Brasileiro desde 1940, e uma lei sancionada durante o governo Lula equipara o crime de injúria racial ao crime de racismo, além de proteger a liberdade religiosa, com pena de até 5 anos de prisão. A pena pode ser aumentada se o crime for praticado por duas ou mais pessoas, como no caso dos comentários na publicação do vídeo em Gravatá.

Diante disso, as imagens dos comentários preconceituosos foram registradas e incluídas na denúncia, tornando difícil a tentativa de remover ou apagar os comentários. Essa atitude demonstra a determinação da comunidade religiosa em combater a intolerância e buscar a devida punição para quem comete crimes desse tipo. A denúncia realizada por Jonas Maximos representa um importante passo na luta pela proteção da liberdade religiosa e pelo combate à intolerância em Gravatá e em todo o país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo