Com 286 votos a favor, 121 contrários e duas abstenções, a Câmara dos Deputados respaldou a decisão de tornar o feriado nacional em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado em 1695 e símbolo de resistência à escravidão. Atualmente, a data já é feriado em seis estados: Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo, e em mais de 1.000 municípios, por meio de legislação local.
“A decisão tomada hoje é uma forma de reconhecer a importância do legado de Zumbi dos Palmares, que foi fundamental para a luta contra a escravidão no Brasil”, declarou a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), representante da bancada governista. O projeto foi relatado pela deputada Reginete Bispo (PT-RS), que afirmou que a oficialização do feriado servirá para intensificar os esforços no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial.
No entanto, houve resistência por parte de alguns parlamentares, que alegaram que a declaração do feriado pode prejudicar setores da economia. Além disso, argumentaram que a definição de feriados deveria ser prerrogativa das assembleias estaduais e municipais. “Novembro já possui muitos feriados. Essa decisão teria de ser tomada pelas câmaras municipais”, protestou o deputado Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF).
A oficialização do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra reforça uma tendência que já vinha sendo estabelecida desde 2003, quando as escolas foram obrigadas a incluir o ensino sobre a história e a cultura afro-brasileira no currículo. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff instituiu o 20 de novembro como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.//}}