Consumo de produtos de maconha comestível apresenta riscos para a saúde mental, alertam especialistas.

Os prejuízos da maconha não vêm apenas da forma fumada. Nos últimos anos, preocupações estão sendo levantadas com relação aos produtos que foram desenvolvidos com uma apresentação mais moderna, como balas de goma, chocolate e biscoitos de maconha. Segundo especialistas em saúde mental, esses produtos são tão prejudiciais quanto a maconha fumada – ou até mesmo mais prejudiciais.

Em entrevista ao DailyMail, psiquiatras acusaram as empresas que produzem esses produtos de enganar os consumidores, fazendo-os acreditar que estão seguros, em parte pela forma como eles são apresentados, muitas vezes em embalagens coloridas e com formatos de ursinhos de pelúcia ou cobras de gelatina. De acordo com a Dra. Libby Stuyt, psiquiatra especializada em dependência química, os alimentos com maconha são mais perigosos do que a maconha fumada.

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A Dra. Stuyt ainda alerta que o THC, o componente psicoativo da cannabis, demora mais para entrar na corrente sanguínea quando ingerido em alimentos, o que pode levar as pessoas a comerem mais do produto, acreditando que nada está acontecendo. Estudos também apontam que a maconha comestível é mais prejudicial para a saúde mental, podendo causar doenças mentais graves, como psicose súbita, esquizofrenia e depressão.

Além disso, consumir maconha com alimentos gordurosos pode aumentar a potência do THC em até quatro vezes, já que a gordura ajuda o corpo a digerir a substância química. Um estudo realizado com 68 mil adolescentes norte-americanos em maio descobriu que aqueles que consumiam cannabis para fins recreativos tinham entre duas a quatro vezes mais probabilidades de desenvolver depressão, em comparação com os que nunca fumaram.

A pesquisa não comprova uma ligação causal direta, mas sugere a existência de uma causa e efeito. Acredita-se que os riscos para a saúde mental sejam devidos ao THC, que afeta substâncias químicas cerebrais e é responsável pelo “onda” causado pela droga. Além disso, estudos sugerem que a potência do THC em alimentos comestíveis pode ser maior do que na forma fumada.

Com todos esses dados, é importante alertar a população sobre os perigos dos produtos à base de maconha em forma de alimentos, e conscientizar sobre os riscos à saúde mental que eles representam.

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