Deputados acionam Procuradoria-Geral da República para investigar André Janones por suposto esquema de “rachadinha” denunciado em reportagem.

Um grupo de 45 deputados acionou a Procuradoria-Geral da República contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) para pedir que ele seja investigado por um suposto esquema de “rachadinha”, denunciado em reportagem do portal Metrópoles. Entre os parlamentares, há 11 filiados a partidos da base do governo Lula (PT): União Brasil (5), PSD (1), Republicanos (3), PP (1) e MDB (1) que, juntos, lideram dez ministérios.

O documento apresentado à PGR alega que Janones praticou os crimes de peculato e improbidade administrativa ao exigir que seus assessores repassassem parte de seus salários, conforme descrito na reportagem. Além disso, os deputados solicitam que ele também seja investigado por falsidade ideológica eleitoral, citando discrepâncias entre os gastos declarados pelo político em sua campanha para prefeito e as informações registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os parlamentares que assinaram a notícia-crime pertencem a partidos que ocupam cargos no primeiro escalão do governo. Nomes como Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações), Carlos Fávaro (Agricultura), entre outros, são lideranças desses partidos que possuem influência no governo. Além disso, a oposição e os signatários têm histórico de votação contrário ao Planalto.

O deputado André Janones rebateu as acusações por meio de suas redes sociais, classificando o vazamento do áudio como “denúncias vazias” que não representam a verdade dos fatos. Ele também exigiu que o conteúdo completo do áudio fosse disponibilizado, afirmando que o áudio foi retirado de contexto e manipulado para prejudicá-lo. A disputa entre as lideranças tem gerado grande repercussão na esfera política e reacendido antigas tensões entre grupos opostos.

A lista de signatários inclui nomes como Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Carla Zambelli, Bia Kicis, entre outros. Partidos como PL, Republicanos, PSD e União aparecem em maior destaque entre os deputados que assinaram o documento. A PGR ainda não se pronunciou oficialmente sobre a representação feita pelos parlamentares.

O embate político tem suscitado debates sobre a lisura das relações entre os poderes, a forma como as denúncias devem ser tratadas e a maneira como a acusação deve ser verificada e julgada. A repercussão e a abrangência dos envolvidos têm levado a uma cobertura intensa por parte da imprensa, resultando em discussões acaloradas no cenário político nacional. A expectativa é de que haja desdobramentos nos próximos dias à medida que a Procuradoria-Geral da República analisa e toma providências em relação ao caso.

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