Comparando com o ano anterior, a situação das rodovias permaneceu praticamente estável, com 66% delas recebendo uma nota ruim e 34% sendo bem avaliadas neste ano. O levantamento envolveu 20 equipes que, a partir das capitais, avaliaram o estado das vias durante 32 dias, considerando características como pavimento, sinalização e geometria da via. Durante o trabalho, foram apontados 2.684 pontos críticos, que exigem intervenções urgentes para evitar acidentes, melhorar a fluidez dos veículos e reduzir custos.
Além disso, em relação ao pavimento, 56,8% das estradas foram classificadas como ruins, enquanto 63,4% apresentaram problemas de sinalização e 66% tiveram problemas de geometria. A CNT enfatiza a importância de manter investimentos para viabilizar a reconstrução, restauração e manutenção das rodovias, considerando que a proposta de Orçamento da União de 2024 prevê uma redução de 4,5% nos recursos destinados ao setor, em comparação com este ano.
No entanto, há uma luz no fim do túnel. A CNT destaca que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos estimados em R$ 185,8 bilhões em recursos públicos e privados na malha rodoviária, tem o potencial para recuperar as vias. De acordo com o levantamento, a avaliação do estado das estradas administradas pelos governos federal e estadual piorou, passando de 76,6% para 77,1%, enquanto em relação às vias concedidas à iniciativa privada, 64,1% delas são consideradas em bom estado de conservação. A CNT ressalta que continua atuando para aumentar a verba por meio de emendas parlamentares.
Com base nesses dados, é essencial que as autoridades reconheçam a importância de investir na melhoria das rodovias brasileiras, a fim de garantir a segurança e a eficiência do transporte rodoviário, que é o modal mais utilizado no país.