Ministro critica reforma trabalhista em discussão sobre situação de entregadores de aplicativos e ‘pejotização’ na CAS.

Na manhã desta quarta-feira, dia 29, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) sediou um debate sobre a situação dos entregadores de aplicativos e a prática da “pejotização”. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, marcou presença na audiência e aproveitou a oportunidade para criticar a reforma trabalhista implementada em 2017.

O encontro foi marcado pela presença de representantes de sindicatos, associações e empresas do setor de entrega por aplicativos. Durante sua fala, o ministro Luiz Marinho destacou a precarização das condições de trabalho dos entregadores, em grande parte devido à falta de regulamentação específica para essa categoria de profissionais.

De acordo com Marinho, a reforma trabalhista aprovada em 2017 contribuiu para a precarização do trabalho dos entregadores, ao enfraquecer a proteção aos trabalhadores e facilitar as práticas de “pejotização”, que consiste na contratação de profissionais como pessoas jurídicas, em vez de como funcionários CLT.

A discussão sobre a situação desses trabalhadores ganhou relevância nos últimos anos devido ao crescimento do uso de aplicativos de entrega, que se intensificou ainda mais durante a pandemia. A falta de direitos trabalhistas e a insegurança financeira enfrentada pelos entregadores têm sido pautas frequentes de manifestações e reivindicações por parte dos sindicatos e associações representativas.

Durante a audiência, os participantes também tiveram a oportunidade de expor suas opiniões e propostas para buscar soluções que garantam melhores condições de trabalho para os entregadores de aplicativos. Dentre as sugestões apresentadas, destacaram-se a necessidade de regulamentação específica para a categoria, a garantia de direitos trabalhistas e a fiscalização mais efetiva das práticas de “pejotização”.

A CAS saiu do encontro com a missão de continuar acompanhando e debatendo o tema, a fim de colaborar na busca por soluções que promovam a valorização e o respeito aos direitos dos trabalhadores, em especial os que atuam como entregadores de aplicativos.

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