OMS monitora dois casos de gripe aviária de alta patogenicidade em humanos no Camboja, com um paciente morto e outro hospitalizado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou informações acerca do registro de dois casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), conhecida popularmente como gripe aviária, em humanos no Camboja. A notificação foi feita pelo Ministério da Saúde do país, que informou a ocorrência dos casos nos dias 24 e 25 de novembro. Infelizmente, um dos pacientes veio a falecer e o outro permanece internado.

Com esses novos casos, já chega a seis o número de infecções registradas no país somente neste ano, resultando em quatro óbitos. O vírus H5N1, causador da gripe aviária, é comumente transmitido entre aves, mas ocasionalmente pode afetar humanos devido ao contato próximo com animais doentes. Não há histórico de transmissão da doença de pessoa para pessoa.

A preocupação com a doença tem crescido devido ao aumento de surtos entre aves, a expansão geográfica da doença e registros de disseminação da gripe aviária entre mamíferos, como leões-marinhos na América do Sul. Isso tem levantado alertas sobre a possibilidade de mutações que favoreçam o contágio em humanos.

Os dois casos mais recentes no Camboja foram registrados em uma mulher de 21 anos e uma criança de 4 anos, ambas moradoras de uma vila na Província de Kampot. A OMS afirmou que, embora não descarte a transmissão de pessoa para pessoa, é provável que tenham tido exposições separadas ao vírus de galinhas doentes e mortas.

Segundo o comunicado da organização, a mulher mais velha desenvolveu os primeiros sintomas no dia 19, sendo tratada em casa por diversos dias antes de ser encaminhada ao hospital, onde veio a falecer. O segundo caso, da criança, foi detectado durante a busca ativa realizada pelas autoridades de saúde.

Em relação à cepa do vírus encontrada nas pacientes, a OMS informou que é semelhante à que circula no Camboja e no Sudeste da Ásia desde 2013, estando próximo ainda das amostras dos casos registrados no país em outubro. Desde 2003, o Camboja já identificou 62 casos de gripe aviária em humanos, resultando em 41 mortes.

A OMS destacou que não é comum a transmissão do vírus H5N1 de pessoa para pessoa, mas reforçou a importância da vigilância global para detectar e monitorar doenças virológicas, epidemiológicas e clínicas. A organização recomendou que se evite contato com ambientes de alto risco, como mercados e fazendas de animais vivos, e que se mantenha a higienização das mãos com lavagens frequentes ou uso de álcool em gel.

Diante do risco representado pelo vírus H5N1, a OMS ressaltou a importância do monitoramento contínuo e de seguir as orientações para evitar potenciais novos casos. A organização também recomendou que qualquer pessoa que tenha sido exposta a aves potencialmente infectadas ou a ambientes contaminados e não se sinta bem deve procurar atendimento médico imediatamente e informar sobre sua possível exposição. A entidade advertiu que, apesar dos esforços de prevenção, o risco de novos casos esporádicos em humanos continua existindo.

Neste sentido, fica evidente a importância de manter a vigilância e o cuidado redobrado para evitar o contágio e a propagação da gripe aviária entre humanos. A atenção constante por parte das autoridades de saúde é essencial para impedir que a situação se agrave e para prevenir novos surtos da doença. A população também deve ser devidamente informada e orientada sobre as medidas preventivas a serem adotadas, visando a proteção da saúde pública.

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