Qualidade das rodovias brasileiras oscila entre regular e péssima em 67,5% da extensão, aponta pesquisa da CNT

A Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgada recentemente mostrou que a situação das rodovias brasileiras ainda é bastante crítica. Segundo o levantamento, 67,5% das rodovias do país têm sua extensão classificada como regular, ruim ou péssima, enquanto apenas 32,5% foi considerada ótima ou boa.

A pesquisa, realizada em parceria com o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, que corresponde a 67.659 quilômetros da malha federal e a 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais. Os principais critérios utilizados para a classificação das rodovias foram o estado do pavimento, sinalização e a geometria da via.

A CNT ressaltou que os resultados deste ano demonstram uma relativa estabilidade em comparação com os anos anteriores. No entanto, a entidade destacou a necessidade de investimentos contínuos na reconstrução, restauração e manutenção das rodovias do país. A entidade ainda alertou para a redução de 4,5% no volume de recursos para o setor de infraestrutura de transporte em comparação com o ano anterior, e trabalha para garantir um aumento na dotação por meio de emendas para intervenções prioritárias em 2024.

Além disso, a pesquisa também apontou que a falta de qualidade da pavimentação das rodovias impacta no preço do frete e, consequentemente, no preço dos produtos para o consumidor final. A CNT estima que 1,139 bilhão de litros de diesel são consumidos de forma desnecessária devido à falta de qualidade das rodovias, resultando na emissão de 3,01 milhões de toneladas de gases poluentes na atmosfera.

O estudo também destacou que as rodovias públicas apresentam percentuais maiores de avaliações negativas (77,1%) em comparação com as rodovias concessionadas (64,1%). Os principais pontos críticos identificados incluem quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas, que interferem na fluidez dos veículos e representam riscos à segurança dos usuários.

Diante desse cenário, a CNT enfatizou a importância de investimentos contínuos e a necessidade de eliminar 2.684 pontos críticos das rodovias brasileiras, visando garantir a segurança e a eficiência do transporte rodoviário no país.

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