Segundo o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o acordo está bem avançado, mas ainda falta negociar alguns pontos. A pressa para concluir as negociações é devido à posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que será em 10 de dezembro. Milei é crítico do Mercosul, e há temores de que suas políticas possam dificultar as negociações em andamento com o bloco europeu.
Lyrio ressaltou a importância dos encontros semanais e, às vezes, diários com os europeus para tentar concluir o acordo. Ele não revelou quais são os pontos pendentes de negociação, mas defendeu que as diferenças são poucas e conciliáveis.
Um dos pontos que avançou na negociação foi o das compras governamentais, que foi exigência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo abriria para empresas europeias a concorrência em licitações para compras do governo brasileiro, o que o governo argumenta que prejudica as empresas nacionais. Segundo Lyrio, o avanço nesse ponto foi significativo, e dificuldades que inicialmente pareciam insuperáveis não se materializaram.
A expectativa é de que as negociações continuem intensas nas próximas semanas, e que as partes cheguem a um acordo que beneficie tanto o Mercosul quanto a União Europeia. A conclusão do acordo é vista como um passo importante para fortalecer as relações comerciais entre os países envolvidos e promover o crescimento econômico em ambas as regiões.