Durante uma expedição na Amazônia peruana, uma equipe de cientistas formada por pesquisadores alemães e peruanos encontrou uma nova espécie de perereca do gênero Pristimantis. A descoberta ocorreu no Parque Nacional Cordilheira Azul, uma área natural protegida que abriga uma grande variedade de espécies.
Segundo Ernesto Castillo, biólogo responsável pela expedição, esta descoberta é extremamente relevante para a compreensão da biodiversidade do Peru. Ele ressaltou que as pererecas encontradas são muito particulares, pois seu desenvolvimento é direto, significando que não precisam passar pelo estado larval, indo direto do ovo para a forma de um adulto pequeno.
A nova espécie de perereca pertence ao gênero Pristimantis e habita o ecossistema de florestas de montanha na região de Huánuco, que se encontra a uma altitude entre 2.000 e 2.400 metros acima do nível do mar. A espécie foi nomeada Pristimantis Loeslein, em reconhecimento à família alemã Löslein por seu apoio à pesquisa e conservação de espécies no Peru.
As pererecas foram observadas à noite, enquanto coaxavam em arbustos próximos, e seus cantos foram registrados com gravadores para análise. A nova espécie mede entre 20 e 23 milímetros e se destaca por sua pele suave no dorso, além de possuir uma coloração verde com olhos dourados.
A descoberta é um marco para a ciência, já que essa região da Amazônia peruana é conhecida por abrigar uma das maiores diversidades de espécies do planeta. A área natural do Parque Nacional Cordilheira Azul abriga mais de 1.000 espécies de vertebrados e cerca de 6.000 espécies de plantas, demonstrando a importância da preservação ambiental.
A nova espécie de perereca não apenas enriquece o conhecimento sobre a biodiversidade da região, mas também ressalta a importância da preservação da Amazônia peruana e de áreas naturais protegidas em todo o mundo. As descobertas científicas desse tipo são vitais para a conservação do meio ambiente e para o desenvolvimento de estratégias de preservação.
