De acordo com o programa, cada aluno de baixa renda receberá uma poupança no valor de R$ 1.000 por ano até o final do ensino médio, com saque apenas disponível após o término dessa fase educacional. Essa quantia será depositada no início do ano letivo, com a possibilidade de o aluno acessar o extrato da conta, mas sem a opção de sacar o recurso. Além disso, os estudantes também receberão uma bolsa mensal no valor de aproximadamente R$ 160 por mês, totalizando cerca de R$ 2.000 por ano.
A proposta do governo inclui a criação de um fundo para abastecer o programa, estipulado inicialmente em R$ 20 bilhões, com o intuito de reduzir a evasão escolar no ensino médio. A medida provisória que institui o fundo destaca a preocupação do governo com a evasão de 8,8% dos alunos no primeiro ano do ensino médio, buscando a redução desse índice em pelo menos um terço.
O projeto visa beneficiar 2,47 milhões de jovens que fazem parte do Bolsa Família, representando um terço do total de matrículas no ensino médio. Com o custo estimado de R$ 7 bilhões para o ano de 2024, o governo planeja começar com os primeiros depósitos no próximo ano, com R$ 1 bilhão já alocado no Orçamento. O restante do valor será aportado ao longo dos anos seguintes, dentro do Orçamento.
O governo enxerga o programa como uma oportunidade para a redução da evasão escolar, calculando que um investimento teria um retorno sete vezes maior. Um estudo econômico aponta que a evasao no ensino médio retira 3% do PIB brasileiro. O projeto tem potencial para impactar positivamente a sociedade, ajudando a promover a igualdade de oportunidades educacionais e a inserção social de jovens em situação de vulnerabilidade econômica.
