A ministra de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, informou que a embaixadora israelense na Espanha, Rodica Radian-Gordon, foi convocada devido aos comentários feitos pelo primeiro-ministro espanhol. Segundo Cohen, as declarações de Sánchez foram “escandalosas” e “repetiu afirmações sem fundamento”. A tensão se instaurou após Sánchez declarar em uma entrevista à televisão pública espanhola TVE que Israel deveria “sustentar suas ações com base no direito internacional humanitário”.
Diante disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não ficou calado e qualificou as palavras de Sánchez como “vergonhosas”. Netanyahu solicitou ao seu ministro de Relações Exteriores que convocasse novamente a embaixadora da Espanha em Israel, Ana María Salomón Pérez. As posições do dirigente socialista, que é uma das vozes mais críticas a Israel dentro da União Europeia, resultaram em tensões recentes entre os dois países. O governo israelense acusou o Executivo espanhol de apoiar “o terrorismo”.
Sánchez já havia expressado anteriormente suas dúvidas em relação ao respeito de Israel pelo direito internacional, em especial nas operações na Faixa de Gaza contra o movimento palestino Hamas. No entanto, as tensões parecem ter um desfecho momentâneo, já que em 24 de novembro foi iniciada uma trégua no conflito.
Em meio a essas tensões, outros assuntos como crianças e adolescentes autistas que podem ficar sem assistência por falta de repasse de plano de saúde e o caso do brasileiro Michel Nisenbaum, desaparecido em 7 de outubro e mantido refém pelo Hamas, continuam sendo destaque nos meios de comunicação. A situação no Oriente Médio segue tensa e com desdobramentos que merecem atenção e análise.