Durante o período, o MTE realizou fiscalizações em 516 estabelecimentos urbanos e rurais, o que permitiu o pagamento de mais de R$ 10,8 milhões em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados. Os setores que apresentaram o maior número de resgates foram o cultivo de café, com 300 casos, e o setor da cana-de-açúcar, que teve 258 resgates. A atuação da fiscalização em parceria com outras instituições, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal, foi fundamental para esses resultados.
Em relação às regiões do país, a Região Sudeste foi a que registrou o maior número de ações e resgates, com 192 estabelecimentos fiscalizados e 1.043 trabalhadores resgatados. Em seguida, o Centro-Oeste teve 103 fiscalizações e 720 resgates, enquanto o Sul registrou 475 trabalhadores resgatados e 76 ações realizadas. No Nordeste, foram realizadas 83 ações e 450 resgates, e no Norte, 159 resgatados e 62 ações realizadas pelo MTE.
Entre os estados, os maiores resgates ocorreram em Goiás, com 640 casos, Minas Gerais, com 571 resgates, e São Paulo, com 380. Minas também se destacou pelo maior número de ações realizadas, totalizando 102.
Os números revelam a persistência do trabalho análogo à escravidão no país e a importância das ações de fiscalização para combater essa prática. A atuação do MTE e demais instituições envolvidas foi fundamental para garantir a rescisão dos trabalhadores resgatados e a cobrança das verbas salariais devidas.