O Brasil faz parte do grupo desde o início, participando da chamada Trilha das Finanças, composta pelos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais. Em 2008, o grupo ampliou sua abrangência ao incluir chefes de Estado e de governo. Enquanto o país estiver na presidência, será responsável por definir e implementar a agenda do G20, com apoio direto da Índia, último país a ocupar a posição, e da África do Sul, que assumirá o mandato em 2025.
A participação no G20 traz desafios de ordem política e logística, incluindo a organização de mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades. O ponto alto será a 19ª Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu três eixos prioritários para sua gestão à frente do G20: a inclusão social, a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento sustentável; e a defesa da reforma das instituições de governança global. Ele destacou a importância de convencer os países ricos a enfrentar a crise climática e a necessidade de uma nova governança global que reflita a geopolítica do presente.
Como parte das atividades para marcar a data, o governo brasileiro administrará o site oficial e as redes sociais do G20, disponibilizando informações sobre o grupo, sua história, grupos de trabalho, forças-tarefa e demais iniciativas da Presidência brasileira do G20. Uma campanha de mídia nos aeroportos de Guarulhos, Galeão e Juscelino Kubitschek será lançada, juntamente com a projeção das principais mensagens da Presidência brasileira do G20 no Museu da República, em Brasília. Adicionalmente, o governo também disponibilizou o e-book “Brasil na presidência do G20” para explicar os objetivos e responsabilidades do país à frente do grupo.
Lula mencionou também a necessidade de dar visibilidade e influência a países emergentes em organismos multilaterais como o FMI, o Banco Mundial, a OMC e a ONU, além de cobrar uma repaginação e maior participação nesses organismos.
O Brasil terá os desafios de coordenar as duas trilhas do G20 – a dos emissários dos executivos de cada país e a das equipes econômicas, que elaboram políticas e discutem o financiamento dessas políticas e temas macroeconômicos mundiais. Para liderar as trilhas, o governo brasileiro indicou o embaixador Maurício Lyrio e a economista e diplomata Tatiana Rosito. A Trilha dos Sherpas e a Trilha das Finanças terão sua primeira reunião em 11 de dezembro.