Dulcina Mynssen de Moraes, nascida na cidade de Valença (RJ) em 1908, tem “inegável relevância na história do teatro brasileiro, não só pelo primor de sua atuação cênica, mas também pelo seu legado na formação de inúmeros artistas”, escreveu a senadora Teresa Leitão (PT-PE) em seu parecer favorável ao projeto, na Comissão de Educação e Cultura (CE).
Filha dos atores Átila e Conchita de Moraes, Dulcina de Moraes despontou no teatro profissional já aos 15 anos de idade, em 1924, atuando na Companhia Leopoldo Fróes, e rapidamente se destacou como uma das jovens promessas da cena cultural brasileira da época.
Após integrar as mais importantes companhias teatrais, fundou em 1935 a Companhia Dulcina-Odilon, em conjunto com seu marido, o ator Odilon Azevedo. A Cia. Dulcina-Odilon, também conhecida como Cia. D-O, trouxe à cena grandes dramaturgos brasileiros e internacionais e apresentou ao público atores e atrizes que viriam a ganhar enorme projeção nas décadas seguintes.
Dulcina atuou com proficiência em diversos papéis e é frequentemente lembrada por sua memorável interpretação no espetáculo Chuva, dirigido e protagonizado por ela, que estreou em 1945 e percorreu o Brasil por seguidos anos.
Além de sua atuação na dramaturgia e na formação de atores e atrizes, é fundamental lembrar também a luta de Dulcina pela regulamentação da profissão de artista, ocorrida em 1977. Ela faleceu em Brasília, em 1996.
A inclusão do nome de Dulcina de Moraes no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um reconhecimento mais do que merecido à sua contribuição para o teatro brasileiro e para a formação de artistas, destacando-a como uma figura emblemática e inspiradora. Com sua história, legado e atuação marcante, Dulcina de Moraes deixa um importante legado para as gerações presentes e futuras, sendo lembrada como uma das grandes referências do teatro nacional.