Javier Milei, líder ultraliberal, assumirá a Presidência da Argentina em meio a crise econômica e incertezas sobre suas políticas.

O economista ultraliberal Javier Milei se prepara para assumir a Presidência da Argentina em 10 de dezembro, em meio a uma crise econômica que preocupa a população e o resto do mundo. As promessas grandiosas feitas durante a campanha eleitoral agora trazem consigo a dúvida sobre até que ponto elas serão efetivadas, considerando as alianças necessárias para governar.

Analistas políticos afirmaram que, apesar de algumas mudanças na agenda, a maior parte das políticas anunciadas por Milei permanece inalterada. O cientista político Rosendo Fraga avaliou a postura do presidente eleito como uma mistura de moderação e pragmatismo, evidenciando seu realismo diante dos desafios que terá pela frente.

Durante a campanha, Milei prometeu “destruir a inflação” na Argentina, uma das mais altas do mundo, em mais de 140% ao ano. No entanto, após sua eleição, esclareceu que esse objetivo demandará entre 18 e 24 meses. Além disso, advertiu sobre a possibilidade de “estagflação”, um termo que define uma economia sem crescimento e com inflação.

O futuro presidente argentino também prometeu cortes drásticos nos gastos públicos, estimados em 15 pontos do PIB, e uma reforma do Estado, a eliminação de subsídios e a paralisação das obras públicas devido à falta de recursos.

Outra proposta radical de Milei foi a dolarização da economia, que, após sua eleição, foi esclarecida como algo que não seria promovido imediatamente. Além disso, ele mencionou a necessidade de uma reforma do Estado antes de poder elaborar um ajuste e reduzir os impostos.

A aproximação de Milei com Mauricio Macri, ex-presidente de direita, foi um dos destaques após sua vitória eleitoral. Seu futuro ministro da Economia, Luis Caputo, e a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, são aliados de Macri, sinalizando uma aliança política que também levanta questionamentos sobre a capacidade de governar do novo presidente eleito.

Em relação à diplomacia, Milei deu reviravoltas impressionantes após a campanha, convidando figuras como o ex-presidente Lula e o papa Francisco para visitar a Argentina, apesar de ter feito declarações polêmicas a respeito de ambos.

Com um mandato de quatro anos, Javier Milei terá a árdua tarefa de gerir a crise econômica argentina, implementar suas políticas e lidar com as expectativas de uma população que aguarda uma mudança significativa.

É importante que o novo presidente realize um plano de governo sustentável, que solucione a crise e melhore a qualidade de vida dos cidadãos argentinos. Agora, é aguardar para ver as ações e resultados de Milei à frente da Presidência do país sul-americano.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo