Lula destacou a necessidade urgente de ações efetivas para conter o aumento da temperatura global, mencionando o alerta do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sobre os riscos de ultrapassar o aumento de 1,5 graus Celsius. O presidente ressaltou que as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) atuais não estão sendo implementadas no ritmo esperado e que o mundo enfrenta um problema de inação e falta de ambição.
O Brasil, segundo Lula, se comprometeu a reduzir 48% das emissões até 2025 e estabeleceu metas mais ambiciosas em comparação a outros países poluidores. Ele também mencionou o compromisso do Brasil em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, destacando os esforços para a redução do desmatamento e os impactos positivos dessas ações na redução das emissões de carbono.
Além disso, o ex-presidente apontou a importância da solidariedade e da justiça climática, enfatizando que os países mais vulneráveis não devem ter que escolher entre combater as mudanças climáticas e combater a pobreza. A cobrança por ações concretas também foi feita em relação ao financiamento prometido pelos países desenvolvidos para conter os efeitos das mudanças climáticas.
Lula ressaltou que a emergência climática já é uma realidade no Brasil, citando a seca sem precedentes na Amazônia e os efeitos alarmantes que isso tem causado na região. Ele também fez um apelo para que sejam tomadas medidas em relação aos setores de energia, indústria e transporte, destacando a importância de lidar com todas as fontes de emissões de gases de efeito estufa.
Em suas palavras finais, Lula fez um chamado à cooperação e à união de esforços para garantir a preservação do planeta, afirmando que não há tempo a perder diante das mudanças climáticas. O discurso do ex-presidente foi marcado pela ênfase na urgência da situação e pela convocação para a adoção de ações concretas visando a sustentabilidade global.