Magistrados eleitorais deixam a Guatemala após perderem imunidade por corrupção, em meio a turbulência política no país.

“Magistrados do Âmbito Eleitoral Deixaram a Guatemala Após Perderem Imunidade por Supostos Atos de Corrupção”

Três magistrados do âmbito eleitoral deixaram a Guatemala nesta sexta-feira, horas depois que o Congresso retirou sua imunidade por supostos atos de corrupção. Os magistrados Ranulfo Rojas, Mynor Franco e Gabriel Aguilera têm movimento migratório de saída do país, confirmou à AFP a porta-voz do Instituto Nacional de Migração, Alejandra Mena. “Não nos deram mais detalhes. Somente me reportaram a saída do território guatemalteco”, acrescentou a funcionária, sem detalhar o país ao qual viajaram nem o meio de transporte utilizado.

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O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) e o presidente eleito Bernardo Arévalo estão na mira do Ministério Público desde as eleições de meados deste ano. Arévalo denuncia que se trata de uma tentativa de impedir que ele assuma o poder em 14 de janeiro devido à sua promessa de combater a corrupção em altas esferas.

Durante o governo do presidente em fim de mandato, Alejandro Giammattei, mais de 30 juízes, promotores e jornalistas seguiam no exílio após escaparem de uma cruzada empreendida pelo Ministério Público, comandado pela procuradora-geral Consuelo Porras, incluída pelos Estados Unidos em uma lista de funcionários “corruptos”.

A decisão de retirar o foro privilegiado dos quatro magistrados foi aprovada no Congresso, dominado pela situação, ao acolher uma recomendação de uma comissão especial. Sua aprovação foi apertada, com 108 votos a favor, quando o mínimo necessário era 107, e 26 contra. Não há informação sobre a outra magistrada que perdeu a imunidade na noite de quinta-feira por decisão do Congresso, Irma Palencia, que exerceu a presidência do TSE durante os dois turnos das eleições vencidas por Arévalo, em junho e agosto.

Agora, este pedido deve ser avaliado pela Corte Suprema antes de ser debatido no Congresso. Arévalo acusou o MP de orquestrar um “golpe de Estado” para impedir sua posse. Em novembro, o MP também pediu a retirada da imunidade de Arévalo e da vice-presidente eleita Karin Herrera, o que elevou a incerteza faltando semanas para a posse de ambos.

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