Neste contexto, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) está alertando a população sobre os riscos dessas infecções, que podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas, cardiovasculares e até câncer, como o de útero e de pênis. Durante todo o mês de dezembro, a SBU está promovendo ações de conscientização e esclarecimento sobre as ISTs por meio de lives, posts e vídeos em suas redes sociais.
Uma das principais preocupações levantadas pela diretora de Comunicação da SBU, Karin Jaeger Anzolch, é a baixa cobertura vacinal contra o HPV, principalmente entre os meninos, onde a cobertura da segunda dose está em 27,7%, enquanto entre as meninas atinge 54,3%. A vacinação contra o HPV é crucial para prevenir o contágio pelo vírus, que é responsável por cerca de 50% dos casos de câncer, incluindo colo de útero, ânus, vulva, vagina, orofaringe e pênis.
Além disso, a SBU destaca que o uso do preservativo continua sendo a melhor forma de prevenção contra as ISTs, juntamente com a vacinação contra o HPV e a hepatite. A falta de cuidados na prevenção e o abandono do uso de preservativos contribuíram para o aumento dos casos de infecções, levando a complicações graves, como infertilidade, câncer e até mesmo a morte.
Os dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022 do Ministério da Saúde apontam que, desde o início da epidemia de aids em 1980 até 2021, foram notificados no Brasil 371.744 óbitos devido à doença. A maior proporção desses óbitos ocorreu no Sudeste (56,6%). Já em relação à sífilis, o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023 do Ministério da Saúde registra um aumento na taxa de detecção de sífilis adquirida e em gestantes, indicando a necessidade de medidas educativas e aprimoramento do sistema de saúde para combater a propagação da doença.
Diante desses dados alarmantes, a SBU reforça a importância da conscientização, da vacinação e do uso do preservativo, a fim de frear o avanço das ISTs no país e proteger a saúde da população.