O pedido foi encaminhado ao Supremo após reportagens jornalísticas publicadas ao longo da semana e notícias-crime protocoladas por políticos de oposição relatarem que Janones teria enviado áudios pelo aplicativo de mensagens WhatsApp a ex-assessores pedindo o repasse de parte de seus salários para contribuir com campanhas eleitorais. Segundo as informações, os fatos teriam ocorrido a partir de 2019.
De acordo com a vice-procuradora-geral da República, Ana Borges Coêlho Santos, o inquérito visa apurar se o deputado cometeu a prática conhecida como “rachadinha”, em que parlamentares exigem parte dos salários de seus assessores.
“Neste caso, não se pode descartar a possibilidade de o deputado federal André Luís Gaspar Janones ter exigido, diretamente, vantagens econômicas indevidas dos assessores e ex-assessores, como condição para a sua permanência nos cargos em comissão em seu gabinete”, afirmou Ana Borges Coêlho Santos.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com o gabinete de Janones para obter um posicionamento, mas aguarda retorno.
Este desdobramento representa um marco na trajetória política de Janones, que foi eleito deputado federal pelo Avante-MG e tem se destacado por sua atuação no Congresso Nacional. Caso o inquérito seja autorizado, a investigação pode trazer repercussões significativas para a carreira política do parlamentar.
Mais informações sobre o desdobramento dessa solicitação feita pela PGR ao STF devem ser divulgadas nas próximas semanas, conforme o desenrolar das investigações. Este é um tema que deve seguir em destaque nos meios de comunicação e na esfera política, à medida que novos detalhes sobre o caso são revelados.