Segundo o senador, Alckmin já encaminhou técnicos para a capital de Alagoas, e a reunião teve como objetivo buscar a atenção total do país para um assunto que impacta a parte ambiental, social e psicológica da região. Rodrigo Cunha ressaltou a necessidade de unificação entre União, estado e município, e a importância de não fechar os olhos para a situação. Ele destacou a importância de assumir a responsabilidade social, ambiental e financeira diante de uma das maiores catástrofes do mundo, resultante de uma exploração mineral em área urbana.
O senador também denunciou a “exploração inadequada” na região, atestada em laudo técnico, que causou graves danos em Maceió ao longo dos anos e mais uma vez obriga os moradores a saírem de suas residências. A primeira medida solicitada por Cunha foi a realocação dos cidadãos que permanecem no local, considerando o aumento da zona de risco identificado pela Defensoria Pública de Alagoas.
A área afetada fica na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, e a recomendação é que a população evite transitar na região enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo. Desde 2019, as minas da empresa estavam fechadas após o Serviço Geológico Brasileiro confirmar que a atividade havia provocado um afundamento do solo da cidade. O governo de Alagoas informou que cinco abalos sísmicos foram registrados na área somente em novembro, e a Defesa Civil Municipal alertou que o colapso pode acontecer a qualquer momento.
A petroquímica Braskem afirmou que segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes. A situação é preocupante e requer esforços conjuntos para garantir a segurança e a realocação adequada dos moradores afetados. As autoridades buscam medidas para mitigar o risco e evitar danos maiores à população e ao meio ambiente. A Defesa Civil está em alerta, mas ressalta que enfrenta um cenário inédito e desafiador.