De acordo com a agência da ONU, as novas infecções nesse grupo etário se concentram em adolescentes e jovens do sexo masculino, mas as mulheres continuam sendo as mais afetadas pela epidemia. O Unicef apontou que as adolescentes e mulheres seguem sendo as mais afetadas pela epidemia do HIV, devido, em parte, às desigualdades de gênero que frequentemente fazem com que elas não tenham poder para negociar relações sexuais seguras.
Além das questões de gênero, a pobreza que se manifesta em comunidades distantes dos centros de saúde e a falta de acesso a programas de prevenção do HIV e saúde sexual e reprodutiva também contribuem para tornar as mulheres mais vulneráveis à infecção pelo vírus.
Os dados mais recentes estimam que na América Latina e no Caribe, aproximadamente 34 mil mulheres grávidas precisam de tratamento para prevenção da transmissão materno-infantil do vírus. Isso evidencia a necessidade de um olhar mais atento aos desafios enfrentados pelas mulheres grávidas em relação ao HIV.
O diretor regional do Unicef para a América Latina e o Caribe, Garry Conille, expressou preocupação com a falta de conhecimento sobre o vírus entre os adolescentes e jovens. Ele destacou que menos de 25% dos adolescentes têm acesso ao teste de HIV, ao mesmo tempo em que o acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva para adolescentes é escasso.
Diante desse cenário preocupante, o relatório do Unicef faz um apelo aos governos da região para que tomem medidas urgentes para conscientizar a população, implementar medidas preventivas e fornecer acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, especialmente para os adolescentes e jovens. A prevenção e o combate ao HIV são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar das futuras gerações.
