Novo abalo sísmico em Maceió aumenta risco de colapso de mina da Braskem e causa alerta máximo da Defesa Civil

Um novo tremor de terra foi registrado na madrugada deste sábado (2) em Maceió, a 300 metros de profundidade, com uma magnitude de 0,89, de acordo com informações da Defesa Civil da capital alagoana. O episódio aconteceu no bairro Mutange, onde está localizada a mina número 18 de exploração de sal-gema pela empresa Braskem.

Apesar do abalo ter sido mais significativo do que o registrado na noite de sexta-feira (1º), a Defesa Civil relatou uma diminuição na velocidade de afundamento de terra na mina 18. A velocidade agora é de 0,7 cm por hora, totalizando 13 cm nas últimas 24 horas. Durante a semana, o afundamento chegou a 50 cm por dia.

As autoridades continuam em alerta máximo e observação constante devido ao risco iminente de colapso na mina 18, localizada na região do antigo campo de treinamento do clube de futebol CSA, no Mutange. Três sensores no local continuam apresentando alertas de movimentação do solo.

A Braskem confirmou a possibilidade de um grande desabamento na área, assim como a eventual estabilização do afundamento. Desde a semana passada, existe a expectativa de que a cavidade da mina 18 entre em colapso a qualquer momento. A situação é mais crítica nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que foram afetados pelos últimos abalos sísmicos decorrentes da movimentação da mina 18 da Braskem.

Em resposta à situação, a prefeitura de Maceió declarou estado de emergência por 180 dias devido ao iminente colapso da mina 18, que pode resultar no afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. O governo federal também reconheceu o estado de emergência na capital alagoana.

A Braskem informou que continua monitorando a situação da mina 18 e tomando as medidas necessárias para minimizar o impacto de possíveis ocorrências. A área está isolada desde terça-feira (28) e a empresa ressaltou que a região está desabitada desde 2020.

A preocupação com a segurança da população e a estabilidade do solo na região continua sendo uma prioridade para as autoridades e para a empresa, que está em constante monitoramento da situação e agindo preventivamente para evitar danos maiores.

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