Polícia de Moscou realiza batidas simultâneas em boates gay e sauna para homens em meio a repressão LGBT na Rússia.

A polícia de Moscou realizou operações em várias boates gay e em uma sauna para homens, em batidas supostamente simultâneas, conforme relatado neste sábado (2) pela imprensa local. As ações de fiscalização aconteceram após a Suprema Corte da Rússia proibir as atividades do “movimento LGBT” por considerá-lo “extremista”, abrindo o caminho para uma maior repressão desta comunidade e dos defensores de seus direitos.
De acordo com um vídeo do meio de comunicação Ostorozhno Novosti, a polícia apareceu na entrada de um clube noturno na rua Malaya Yakimanka, onde acontecia uma grande festa. Uma testemunha disse ao veículo que “no meio da festa, eles pararam a música e (a polícia) começou a entrar nos salões”. Segundo ela, os agentes tiravam fotos dos passaportes.
As forças das autoridades realizaram operações em pelo menos três bares durante a noite, conforme informações do veículo de notícias Sota. Segundo o Ostorozhno Novosti, uma batida em uma sauna para homens foi realizada no centro da capital. A AFP não obteve acesso à confirmação dessas informações.
Devido à decisão da Suprema Corte, o “Central Station” de São Petersburgo, um dos clubes gays mais antigos da cidade, anunciou na noite de sexta-feira que fechará o estabelecimento. A Rússia proibiu em 2022 a “propaganda LGBT” para todos os públicos, proibindo assim a representação de pessoas da comunidade em meios de comunicação, internet, livros e filmes.
As batidas policiais em estabelecimentos frequentados pelo público LGBT na Rússia intensificam as preocupações sobre a crescente repressão e discriminação enfrentada por essa comunidade no país, deixando os defensores dos direitos humanos e ativistas preocupados com o futuro dos LGBT na Rússia. A proibição de expressões públicas da identidade e dos direitos LGBT reflete um retrocesso para os direitos humanos e a liberdade de expressão na Rússia, impactando diretamente a comunidade LGBT e seus defensores. A situação segue preocupando organizações internacionais de direitos humanos, que continuam monitorando o caso e pressionando as autoridades russas a respeitar os direitos fundamentais de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

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