Em maio, o primeiro-ministro Rishi Sunak já havia anunciado um aporte de 80 milhões de libras, equivalente a aproximadamente R$ 500 milhões, para o Fundo Amazônia. O contrato para a transferência do primeiro montante foi assinado neste sábado (2), durante a COP28. O acordo foi selado com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que é a entidade responsável pela gestão do Fundo Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também estava presente.
O Fundo Amazônia foi criado em 2008 e é considerado a principal iniciativa internacional para redução das emissões de gases do aquecimento global e de preservação da floresta. Países como Noruega, Alemanha, EUA, Suíça e, agora, Reino Unido fazem doações para o fundo. No total, o Fundo Amazônia já recebeu R$ 3,4 bilhões e financiou mais de 102 projetos de preservação da floresta e promoção de atividades sustentáveis.
Entretanto, o fundo passou por um período de dificuldades durante o governo de Jair Bolsonaro, que resultou na extinção dos comitês responsáveis pela gestão dos recursos. Isso inviabilizou o financiamento de projetos e a continuidade das doações. Em outubro de 2022, o Supremo Tribunal Federal determinou que a União tomasse as providências necessárias para reativar o Fundo Amazônia. A medida foi tomada e os comitês retomaram suas atividades em 1º de janeiro de 2023 mediante decreto do presidente Lula.
Os novos aportes de recursos, como o anunciado no sábado (2) pelo Reino Unido, representam um sinal positivo de retomada das atividades do Fundo Amazônia, trazendo esperança para a preservação da maior floresta tropical do mundo.
