Ataque israelense em território palestino se intensifica mesmo diante da presença de civis, saiba mais sobre a situação atual.

Dezenas de tanques israelenses adentraram no sul da Faixa de Gaza, ampliando a ofensiva terrestre contra o Hamas nesta segunda-feira (4). O Exército israelense declarou que estava atuando de maneira intensiva ao redor da área de Khan Yunis, onde foi alvo de bombardeios seguidos. Os tanques, bem como outros veículos militares israelenses, percorreram quase dois quilômetros até a localidade de Al Qarara, ao nordeste de Khan Yunis.

As tensões na região aumentaram desde a retomada dos combates no dia 1º de dezembro, após sete dias de trégua, resultando em um intenso conflito entre as forças israelenses e o Hamas. Os combates e a presença dos tanques e veículos militares israelenses na região de Khan Yunis têm impedido a livre circulação dos civis pela Rodovia Salaheddin, no norte e leste da cidade.

A situação se tornou ainda mais crítica com o corte de todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza. A companhia local, Paltel, informou que a interrupção ocorreu devido a “um corte das principais redes de fibra óptica do lado israelense”. Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde do Hamas relatou quase 16.000 mortes, a maioria mulheres e menores de idade, nos bombardeios israelenses, desencadeados após o ataque sem precedentes do movimento islâmico em território israelense.

O aumento dos conflitos também atingiu Cidade de Gaza, que foi alvo de vários ataques aéreos das forças israelenses. Segundo testemunhas, os tanques israelenses entraram pela primeira vez no mercado da cidade velha, destruindo barracas e produtos. Além disso, o Exército israelense anunciou que três soldados morreram no norte do território, elevando o número de militares falecidos para 75 desde o início da ofensiva terrestre.

Nesse cenário, houve a libertação de 80 reféns israelenses em troca da saída de 240 detentos palestinos das prisões de Israel, sob uma trégua mediada pelo Catar, com o apoio do Egito e dos Estados Unidos. Contudo, a violência persiste, resultando no deslocamento de centenas de milhares de moradores da Faixa de Gaza.

Em meio a essa crise humanitária, organizações como a ONU e a UNICEF têm denunciado o sofrimento “intolerável” da população civil, pedindo que Israel tome medidas para proteger os civis e as infraestruturas civis, incluindo os hospitais e as instalações humanitárias. A necessidade de acesso à ajuda humanitária é urgente, especialmente em um território alvo de um cerco total desde 9 de outubro e com a passagem da fronteira de Rafah apenas parcialmente aberta.

Além disso, o Exército israelense lançou operações em diferentes setores da Cisjordânia, resultando na morte de cinco palestinos, segundo informações da Autoridade Palestina. A violência e a instabilidade na região demonstram a urgência de uma solução para o conflito entre Israel e o Hamas, que tem custado inúmeras vidas e agravado a situação humanitária na Faixa de Gaza.

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