Diretor-geral da OMS critica ordem do exército israelense para esvaziar armazenamento médico na Faixa de Gaza.

A decisão do Exército israelense de exigir que a Organização Mundial da Saúde (OMS) esvazie um armazenamento de material médico no sul da Faixa de Gaza foi duramente criticada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Em uma declaração nesta segunda-feira (4), Tedros Adhanom expressou sua preocupação com a ordem imposta pelas Forças de Defesa de Israel, que pediam que todos os suprimentos fossem retirados do armazém antes de um prazo de 24 horas.

Através da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, Tedros Adhanom afirmou: “Pedimos a #Israel que retire esta ordem e tome todas as medidas possíveis para proteger os civis e as infraestruturas civis, incluindo os hospitais e as instalações humanitárias.” O diretor do escritório regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, Ahmed Al-Mandhari, também expressou preocupação com a retomada das hostilidades e os intensivos bombardeios em Gaza.

A crise humanitária que continua a se agravar na Faixa de Gaza, aliada ao número crescente de mortos e à redução no número de hospitais operacionais, é motivo de grande preocupação para a OMS. De acordo com a organização, o número de hospitais operacionais em Gaza caiu de 36 para 18 em menos de dois meses, com apenas três deles oferecendo atendimento de emergência.

Por outro lado, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo Hamas, relatou que mais de 15.800 pessoas morreram devido aos bombardeios israelenses desde o início dos conflitos. O aumento da violência foi desencadeado por um ataque de milicianos islâmicos em solo israelense, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de outras 240.

A situação atual na Faixa de Gaza é desoladora, com a crise humanitária atingindo níveis alarmantes. A comunidade internacional e organismos como a OMS estão atentos às necessidades da população civil e pressionando por ações que garantam a segurança e o acesso a cuidados médicos para aqueles que estão sofrendo as consequências desse conflito devastador.

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