Especialistas alertam que o mundo pode ultrapassar o limite de aquecimento de 1,5 ºC em sete anos devido ao aumento de emissões de CO2.

A conferência vai ter hoje parte da pauta voltada para o desafio que se tornou alcançar o limite desejado de aumento da temperatura global, que é de 1,5°C em relação à era pré-industrial. Também se fala com crescente urgência sobre a necessidade de lidar com as emissões de gases do efeito-estufa e os combustíveis fósseis que as impulsionam. E a razão da urgência é que as projeções indicam que o mundo ultrapassará o limite de 1,5ºC entre 2029 e 2034.

Um relatório do Global Carbon Project ressalta que a China e a Índia se tornaram o primeiro e terceiro maiores emissores de gases de efeito estufa, respectivamente, resultado atribuído ao aumento da poluição por combustíveis fósseis, que cresceu 1,1% no ano passado. As ações urgentes foram insistentemente solicitadas pelo grupo de cientistas que se deparou com a informação de que a poluição por combustíveis fósseis chegou a atingir níveis recordes em 2023.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU aponta que para superar esse problema, as emissões de CO2 precisam ser reduzidas em 50% nesta década. O estudo também aponta que as coisas estão indo na direção errada, uma vez que as emissões de dióxido de carbono agora estão 6% mais altas do que quando os países assinaram o Acordo de Paris, em 2015.

A conferência ocorre em um cenário onde cada vez mais evidências sugerem que ultrapassar 1,5ºC pode desencadear eventos climáticos perigosos e possivelmente irreversíveis. E não faltam alertas que apontam a necessidade de ações imediatas para lidar com a questão. Mesmo com promissoras iniciativas no campo das energias renováveis, a verdade é que a outra metade da história, que é reduzir as emissões dos combustíveis fósseis, não está avançando na mesma direção. A cúpula da ONU não é apenas para ouvir alertas, mas para desenhar acordos que encaminhamento a efetivas ações para enfrentar a crise climática.

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