De acordo com a pesquisa, realizada presencialmente em todas as regiões do país e com um período de coleta das respostas entre os dias 22 a 26 de julho, sete em cada dez pessoas afirmam ter sido afetadas por eventos climáticos extremos. O estudo aponta que os eventos que mais atingiram a população brasileira foram chuvas muito fortes (20%), seca e escassez de água (20%) e alagamentos, inundações e enchentes (18%).
Além disso, outros fenômenos relacionados a grandes volumes de água, como apagões de energia (7%), ciclones e tempestades de vento (6%), e queimadas e incêndios (5%) também apareceram nas respostas dos entrevistados. A preocupação com a ocorrência de novos eventos dessa magnitude também foi identificada, com 98% dos entrevistados expressando receio com uma nova crise climática.
As preocupações variam de acordo com a região e classe social, sendo que os ciclones e tempestades de vento preocupam proporcionalmente mais a população da Região Sul (29%), enquanto alagamentos, inundações e enchentes geram mais preocupação nas classes D e E (25%). Em relação às preferências por fontes de energia renováveis, 84% das pessoas afirmaram apoiar investimentos nessa área.
O diretor executivo do Instituto Pólis, Henrique Frota, destacou a importância dos resultados da pesquisa em meio à urgência do debate sobre mudanças climáticas. Frota ressaltou que os investimentos em fontes renováveis de energia são uma demanda significativa da população e podem ser fundamentais para o enfrentamento dos desafios climáticos.
Os dados reveladores do estudo demonstram que a percepção dos brasileiros em relação aos impactos dos eventos climáticos extremos reflete uma crescente preocupação com as mudanças climáticas. A divulgação desses resultados pode contribuir para um debate mais aprofundado sobre a necessidade de investimentos em fontes de energia limpa e para a formulação de políticas públicas voltadas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
