Presidente da Guiné-Bissau dissolve Parlamento após “tentativa de golpe de Estado”, mergulhando o país em nova crise.

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, dissolveu o Parlamento nesta segunda-feira, antes de novas eleições, alegando que uma “tentativa de golpe de Estado” mergulhou o país africano em uma nova crise. O presidente emitiu um decreto de encerramento do Parlamento dominado pela oposição e anunciou que a data das eleições legislativas seria “marcada em momento oportuno, de acordo com a Constituição”.

Os confrontos em Bissau, capital da Guiné-Bissau, na última quarta-feira resultaram na morte de duas pessoas, em um embate entre membros da guarda nacional e forças especiais da guarda presidencial. Umaro Sissoco Embalo estava em Dubai para participar da conferência climática COP28 e, ao retornar ao país no sábado, anunciou que uma “tentativa de golpe de Estado” o impediu de voltar mais cedo.

O presidente foi eleito para um mandato de cinco anos em dezembro de 2019 e sobreviveu a uma tentativa de derrubá-lo em fevereiro de 2022. Este episódio mais recente apenas adentra à história de grave instabilidade política que a Guiné-Bissau enfrenta, tendo sofrido uma série de golpes e tentativas de golpe desde a sua independência de Portugal, em 1974.

Além disso, a Guiné-Bissau sofre também com a instabilidade econômica, já que o país é conhecido por sua corrupção generalizada, pobreza e tráfico de drogas. Com essa dissolução do Parlamento, um novo capítulo se inicia na política guineense, e a comunidade internacional se mantém atenta aos desdobramentos dessa decisão.

A luta pela estabilidade política e econômica no país continua a ser desafiadora, e a comunidade internacional deve buscar meios de auxiliar a Guiné-Bissau a superar esses obstáculos. A tensão política no país africano é um reflexo de questões mais amplas que desafiam a capacidade de se estabelecer e manter regimes democráticos em muitas nações pós-coloniais.

São situações como essa que revelam o quão complexa é a transição para a democracia em muitos países, e a Guiné-Bissau é um exemplo disso. A dissolução do Parlamento é apenas um dos inúmeros episódios que a nação africana enfrenta em sua busca por um governo estável e funcional. A realização de novas eleições legislativas e a eventual formação de um novo Parlamento podem ser o primeiro passo em direção a uma mudança positiva para a Guiné-Bissau.

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