Em acréscimo, a embaixadora salientou que a corte internacional de justiça não proferiu opinião sobre o plebiscito e demonstrou preocupação com qualquer medida que pudesse alterar a situação atual. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, cerca de 10,5 milhões de eleitores participaram do referendo, sendo que 95,93% aceitaram a incorporação oficial de Essequibo ao mapa do país, além da concessão de cidadania e documento de identidade aos mais de 120 mil guianenses que vivem na área.
Outrossim, o Brasil ressaltou a manutenção de um diálogo “em alto nível” com ambos os países e a expectativa por uma solução pacífica para a situação. Em relação à suspensão da Venezuela do Mercosul, a embaixadora enfatizou que tal condição não representa obstáculo para as conversações em busca de soluções. Ela observou que o país mantém um diálogo consistente entre as partes.
Por fim, Gisela Padovan também abordou as negociações entre o Mercosul e a União Europeia para um tratado de livre comércio, em meio à manifestação contrária da França à realização do acordo. A embaixadora reforçou que os subsídios agrícolas representam um impasse nas discussões e defendeu a busca por uma solução que beneficie ambos os lados. Adicionalmente, Arlindo Chinaglia, vice-presidente da representação brasileira no Parlasul, criticou as objeções da União Europeia sobre o acordo, destacando a importância de resolver as questões de forma equilibrada para o bloco.
Sobre outros assuntos de interesse público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na Alemanha para uma visita de três dias, com expectativas de reforçar acordos em diversos setores, incluindo um encontro com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz. Além disso, o governo brasileiro defende a preferência para as empresas nacionais nas compras governamentais.