O Pisa, realizado a cada três anos, avalia o conhecimento dos estudantes de 15 anos em 81 países. No Brasil, 10.798 alunos de 599 escolas foram avaliados. No entanto, os resultados indicam que o país ainda permanece abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com 472 pontos em matemática, 476 em leitura e 485 em ciências.
O desempenho em matemática é uma das maiores preocupações, com apenas 27% dos alunos alcançando o nível mínimo de aprendizado. Apenas 1% dos estudantes atingiram os níveis mais altos, comparado com a média de 9% da OCDE. Em leitura e ciências, o Brasil também ficou abaixo da média da OCDE, com 45% dos alunos atingindo o nível mínimo em ciências e 50% em leitura.
No cenário global, houve uma queda nas médias de desempenho em leitura e matemática, enquanto a média de ciências permaneceu estável em relação a 2018. A pandemia de covid-19 também foi mencionada como um possível fator de impacto nos resultados, devido ao fechamento de escolas e a migração para aulas online. No entanto, o relatório ressalta que a queda no desempenho não pode ser atribuída apenas à pandemia, indicando que questões de longo prazo nos sistemas educativos também são responsáveis.
Em contraste, algumas nações tiveram um desempenho excepcional, como Singapura, que liderou em matemática, leitura e ciências. Em contrapartida, países como a Alemanha, Islândia, Países Baixos, Noruega e Polônia tiveram uma queda significativa nas notas de matemática entre 2018 e 2022.
No geral, o desempenho dos estudantes brasileiros no Pisa destacou a necessidade de melhorias significativas no sistema educacional do país. Com menos de 50% dos alunos alcançando o nível mínimo de aprendizado em matemática e ciências, é evidente a necessidade de investimento e reformas na educação para garantir um futuro acadêmico mais promissor para as novas gerações.
