Militares israelenses admitem proporção de dois civis mortos para cada combatente do Hamas em Gaza

Militares israelenses de alto escalão admitiram nesta segunda-feira que para cada combatente do Hamas executado na Faixa de Gaza, cerca de dois civis morreram. O Ministério da Saúde de Gaza, que é governado pelo grupo islâmico desde 2007, afirmou que desde o dia 7 de outubro, um total de 15.899 pessoas morreram devido aos bombardeios israelenses no território palestino.

Em uma coletiva de imprensa, um dos responsáveis israelenses declarou: “Não digo que seja bom que tenhamos uma proporção de dois para um”. Além disso, acrescentou que o uso de escudos humanos faz parte da “estratégia básica” do Hamas. No entanto, ele expressou a esperança de que a próxima fase da guerra resulte em uma proporção muito menor de mortes de civis. Ressaltou ainda que o número de vítimas é mais ou menos certo, após ser questionado sobre relatos de que 5.000 combatentes do Hamas haviam morrido.

O conflito entre Israel e o Hamas resultou em uma crise humanitária na Faixa de Gaza e provocou indignação em todo o mundo. As operações terrestres israelenses agora estão se deslocando para o sul, onde muitos habitantes de Gaza se refugiaram após fugirem do norte.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, pediram que o país intensifique seus esforços para evitar mais mortes de civis. Em resposta, o exército israelense está implantando um programa de mapeamento de alta tecnologia para reduzir as perdas civis. O sistema utiliza sinais de telefonia móvel, vigilância aérea e inteligência artificial para criar um mapa que mostra as concentrações de população em todo o território de Gaza.

Cada célula do mapa é codificada por cores. As zonas marcadas em verde indicam áreas onde pelo menos 75% da população foi evacuada. No entanto, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) questionou a utilidade da ferramenta em uma área onde o acesso às telecomunicações e à eletricidade é esporádico.

O aumento do número de mortes e a situação humanitária devastadora em Gaza continuam gerando preocupação global. O mundo aguarda ansiosamente o desenrolar dos acontecimentos e as possíveis ações que serão tomadas para conter a escalada do conflito e ajudar a população afetada.

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