Presidente da Ucrânia cancela intervenção crucial no Senado dos EUA para pedir financiamento contra a Rússia em cima da hora

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, foi o protagonista de um cancelamento de última hora na terça-feira, ao desistir de uma intervenção por videochamada com senadores americanos, na qual pretendia solicitar a continuidade do financiamento ao seu país. O fato ocorre enquanto Washington se prepara para debater sobre os fundos destinados à guerra com a Rússia.

Zelensky deveria aparecer em uma reunião confidencial, um dia antes do Senado votar pela primeira vez um pacote de ajuda emergencial que inclui mais de 60 bilhões de dólares (cerca de 296 bilhões de reais) para Kiev. No entanto, conforme informou um legislador americano à imprensa, o presidente ucraniano não compareceu ao compromisso, alegando que “algo aconteceu no último minuto”.

Os fundos para a Ucrânia estão retidos há semanas por uma disputa no Congresso, com a Casa Branca alertando que os recursos atuais poderão se esgotar até o final do ano, o que poderia fornecer vantagem para o presidente russo, Vladimir Putin, em uma eventual guerra, caso os congressistas não atuem.

Vários altos funcionários ucranianos realizaram visitas presenciais em Washington, ressaltando a urgência de manter o fluxo de armas e fundos destinados ao país. Entretanto, o Congresso está mais dividido do que nunca desde o início da guerra, há quase dois anos, no que diz respeito à decisão de apoiar ou não a Ucrânia, um país que está rapidamente esgotando a assistência militar fornecida pelos Estados Unidos.

Os senadores republicanos expressaram seu apoio ao orçamento dos democratas do presidente Joe Biden, desde que, em contrapartida, fossem aceitas medidas para lidar com os problemas migratórios na fronteira sul. Porém, tais reformas já foram rejeitadas pelos democratas.

Esse impasse coloca em xeque a continuidade do apoio financeiro dos Estados Unidos à Ucrânia em um momento crucial, diante de um cenário geopolítico cada vez mais complexo e incerto. A situação deve ser acompanhada atentamente nos próximos dias, com reflexos que poderão ser sentidos em diversos países ao redor do mundo.

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