Proibição de criação e realojamento de cães XL Bully causa polêmica no Reino Unido e gera risco de sacrifício aos animais.

A partir do dia 31 de dezembro de 2023, o Reino Unido estabelecerá uma proibição abrangente sobre o desenvolvimento, venda, anúncio, realocação, abandono e extravio de cães da raça XL Bully, um tipo de Pitbull gigante. Esta raça de cães se juntará a outras quatro que já são proibidas no país: pit bull terrier, fila brasileiro, dog argentino e tosa inu.

A medida impactará diretamente os animais que estão em abrigos e criadores no país. De acordo com a emissora Sky News, existem atualmente 246 cães da raça XL Bully em abrigos e centros de resgate, com o risco iminente de serem eutanasiados para cumprir a lei.

As proibições do país são respaldadas por uma lei que classifica essas raças de cães como “Cães Perigosos”, devido ao aumento alarmante de ataques fatais protagonizados por essas espécies. Um exemplo recente foi um ataque ocorrido em setembro, em que um XL Bully feriu gravemente uma criança de 11 anos e dois homens que tentaram ajudar a vítima.

A secretária do meio ambiente do Reino Unido, Thérèse Coffey, enfatizou que o governo está comprometido em trabalhar com a polícia, especialistas caninos e veterinários, além de grupos de bem-estar animal, para implementar essas novas medidas. Além disso, os tutores que desejam manter seus animais após a proibição terão que segui-las rigorosamente, incluindo o registro, uso de coleira e amordaçamento em locais públicos, entre outras exigências.

Também está proibida a reprodução da raça de cães XL Bully no país. A partir do dia 1º de fevereiro de 2024, será ilegal possuir um cão dessa raça que não esteja registrado no Índice de Cães Isentos. Aqueles que desrespeitarem a Lei dos Cães Perigosos poderão enfrentar penas de até 14 anos de prisão, desqualificação para serem cuidadores de animais ou a eutanásia de seus cães.

Essas restrições têm gerado debates sobre o equilíbrio entre a segurança pública e os direitos dos animais. Muitos defensores de animais argumentam que a estigmatização de certas raças não aborda as verdadeiras questões subjacentes que levam aos ataques de cães. No entanto, o governo do Reino Unido está determinado a implementar medidas rigorosas para proteger a população de futuros incidentes envolvendo cães perigosos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo