Os números revelam que em 2022, o contingente de pessoas em situação de pobreza era de 67,8 milhões, e o de pessoas em extrema pobreza alcançava 12,7 milhões. Em comparação com o ano anterior, esses números representam uma diminuição de 10,2 milhões e 6,5 milhões de pessoas, respectivamente.
A redução da extrema pobreza e pobreza foi observada em todas as regiões do país, em especial no Norte (-5,9 e -7,2 pontos percentuais, respectivamente) e no Nordeste (-5,8 e -6,2 pontos percentuais). Além disso, a porcentagem de crianças e adolescentes em situação de pobreza também diminuiu, atingindo 49,1%, enquanto na população com 60 anos ou mais, a porcentagem de pessoas pobres era de 14,8%.
A pesquisa revelou também que entre as pessoas de cor ou raça preta ou parda, 40% estavam em situação de pobreza, um índice que é o dobro em comparação com a população branca, que atingia 21%.
Os benefícios de programas sociais tiveram um impacto significativo no rendimento das famílias em situação de extrema pobreza, representando 67% do rendimento total em 2022. Caso esses programas não existissem, a proporção de pobres no país teria aumentado em 12%, atingindo 35,4% da população, e a extrema pobreza teria aumentado em 80%, chegando a 10,6% da população.
Além disso, a pesquisa apontou que a maioria da população brasileira (64,6%) vive em domicílios próprios e já pagos, porém, faltava documentação para 13,6% das pessoas que viviam nesses domicílios. Em relação à situação de aluguel, houve um aumento de 17,3% para 20,2% entre 2016 e 2022.
Esses dados revelam a importância dos programas sociais no combate à pobreza e fornecem uma visão abrangente das condições de vida da população brasileira, destacando áreas que são vulneráveis e necessitam de atenção por parte das políticas públicas.
Este conteúdo foi baseado em pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
