Biden pressiona Congresso por mais ajuda militar à Ucrânia e alerta sobre possível conflito com a Rússia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento nesta quarta-feira (6) onde convocou o Congresso a aprovar mais ajuda militar para a Ucrânia, enfatizando que o líder russo, Vladimir Putin, não tem intenções de parar no país e que, caso ataque um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), haverá tropas americanas lutando contra tropas russas.

Biden mostrou-se disposto a fazer “concessões significativas” aos republicanos, que têm bloqueado medidas mais drásticas na fronteira com o México, de forma a garantir a ajuda à Ucrânia que ele considera crucial.

Durante um discurso na Casa Branca, Biden afirmou que “Isto não pode esperar”, e criticou os republicanos, afirmando que é surpreendente o fato de estarem dispostos a dar a Putin um presente com o bloqueio das medidas propostas para a Ucrânia.

Além disso, o presidente americano manteve uma videoconferência com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e os líderes do G7 para discutir como reforçar a ajuda ocidental para Kiev.

A situação se torna mais tensa com a revelação de Biden de que Putin, que tentou uma invasão na Ucrânia em fevereiro de 2022, não tem a intenção de parar por lá, e deixou claro que se a Rússia atacar um membro da Otan, “então teremos algo que não buscamos e que não temos hoje: tropas americanas lutam contra tropas russas”.

O Senado americano tem uma votação prevista para hoje de um pacote de emergência de 106 bilhões de dólares (cerca de R$ 520 bilhões na cotação atual), o qual inclui ajuda para a Ucrânia, assim como para a guerra de Israel contra o grupo islâmico palestino Hamas e para a segurança fronteiriça com o México. No entanto, os republicanos condicionaram seu apoio à aprovação de reformas no sistema de asilo e a aplicação de medidas mais rígidas na fronteira.

Biden demonstrou estar disposto a fazer concessões na questão da fronteira para garantir a ajuda à Ucrânia, destacando a importância de recuperar o sistema fronteiriço que considera quebrado.

A Casa Branca anunciou que os recursos para a Ucrânia se esgotarão antes do fim deste ano se o Congresso não aprovar mais ajuda, o que alimenta a tensão, principalmente diante do decreto assinado por Putin para aumentar as forças russas em cerca de 170.000 efetivos.

As articulações diplomáticas em relação à Ucrânia ganham ainda mais peso com a perspectiva de um possível acordo de paz proposto por Moscou, que foi rejeitado categoricamente por Kiev.

Diante desse cenário, a pressão de Biden sobre o Congresso para aprovar mais ajuda militar para a Ucrânia se intensifica e coloca em foco a necessidade de medidas urgentes para conter a ameaça russa à integridade territorial do país e à segurança global. A tensão entre as potências, envolvendo também o G7, evidencia a gravidade da situação e a necessidade de respostas rápidas e efetivas nessa conjuntura internacional delicada.

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